Desperdício Zero no Regresso às Aulas

Para quem tem filhos em idade escolar o mês de Setembro é sempre sinónimo de grandes despesas, mas não tem de ser assim.

Photo by Belinda Fewings

O mês de agosto foi mês de destralhe aqui por casa e foi surpreendente a quantidade de tralha que fomos guardando ao longo dos anos. Entre muitas outras coisas que trouxe do meu quarto, em casa dos meus pais, encontrei vários lápis de cor, canetas de feltro, réguas, lápis de carvão, e muitos, muitos cadernos por terminar. Isto fez-me pensar na quantidade de material que se compram todos os anos no início do ano escolar.

Numa altura em que tanto se fala em sustentabilidade, os apelos para salvar o nosso planeta têm de passar a acções, são estas acções pequeninas, individuais, que farão a diferença no nosso futuro… Para que haja um futuro.

Assim, deixo-vos algumas dicas para um regresso às aulas mais amigo do ambiente e para que este mês de setembro não doa tanto nas vossas carteiras:

MOCHILAS

  • Não tenho filhos, mas ainda me lembro da excitação que sentia quando chegava a altura de comprar as coisas para a escola, talvez por isso ainda me lembre da primeira mochila que a minha mãe me comprou, numa loja em Carcavelos. Era linda, em vários tons de cor-de-rosa com pormenores a azul, enorme para as minhas costas de 5 anos, mas a pensar nos 3 anos que se seguiriam a esse 1º ano. A minha mãe nunca foi de nos comprar mochilas nem estojos todos os anos, por isso ensinou-nos, à sua forma, a ser sustentáveis. A melhor dica é esta mesmo: comprem a pensar no futuro, comprem mochilas de material duradouro - com garantia da marca - e lisas (porque as modas mudam, já se sabe) e se estragar pensem sempre primeiro em remendar.

CONSUMÍVEIS

  • Antes de comprarem canetas, lápis de carvão, lápis de cor, canetas de feltro e marcadores novos verifiquem sempre o que sobrou dos anos anteriores. Às vezes podem até dar com um estojo de lápis de cor e canetas de feltro descasadas e de marcas diferentes (frequente em casas com mais do que um filho), mas se a paleta de cores está completa, importa assim tanto? O importante é planearem esta tarefa com algum tempo, juntar os materiais todos e perceber o que têm antes de se comprar mais. E não cair no erro do compre 3 pague 2, a não ser que se vá guardar religiosamente o material extra para o ano a seguir, caso contrário, é atirar dinheiro fora a comprar coisas que não serão necessárias no imediato.

  • Cadernos ou Dossiers - a minha escolha cairá sempre nos dossiers, uma vez que ao final do ano é só retirar as folhas usadas e colocar novas; mas se ainda tiverem cadernos inacabados reutilizem-nos, forrem-nos com tecidos bonitos para lhes dar uma nova vida e coloquem-nos a uso.

  • Réguas, Esquadros, afia lápis, etc… - materiais duradouros (alumínio ou madeira) e uso responsável são a chave, materiais bem usados duram uma vida e nunca mais terão de gastar dinheiro neles. Ensinar o respeito pelos materiais e a forma responsável de os usar é a dica.

MANUAIS ESCOLARES

  • Estou muito por fora deste assunto dos manuais escolares, mas sei que existe hoje uma opção que não existia no meu tempo de escola, a opção de se poderem levantar livros escolares gratuitos comprometendo-nos a devolver os mesmos no final do ano lectivo. Ainda há umas arestas por limar nesta iniciativa, mas passa muito pelo que falei acima sobre o uso responsável e consciente de cada um. Falei com uma amiga - a mesma que me incitou a escrever este post (fui ameaçada, na verdade!) - que me dizia que este foi o primeiro ano que um dos filhos terá livros novos, livros de 11º ano! E isto é de se aplaudir! E só aconteceu porque, de facto, existem opções, mesmo em freguesias do Litoral Alentejano. Doar e recorrer a doação de livros, comprar em segunda mão, requisitar em bibliotecas, façam uma pesquisa! E mais uma vez, façam-no atempadamente, planeiem.

Nem a reutlização de materiais, nem o processo de recolha e re decoração têm de ser uma coisa aborrecida, pelo contrário, pode ser uma actividade conjunta que lhes proporcionará momentos divertidos em família.

Photo by Markus Spiske

Photo by Markus Spiske

A re decoração dos materiais dura normalmente duas semanas, cá por casa. Depois de reunir o que mais se adequa, vamos personalizar a gosto e são momentos muito criativos

diz a minha amiga Helena que, nesta sua forma bela - e muito própria - de olhar a vida, me ensina tanto sobre o respeito pelos materiais e pela natureza. Está tudo ligado ♥︎

Desperdício Zero na Cozinha #2 - Truques e Dicas

   Lembram-se deste post? A nossa Inês está de volta e trouxe com ela uma caixinha cheia de truques e dicas para não desperdiçarmos nadinha nas nossas cozinhas. Acho que vão adorar! Nós acabámos de juntar um restinho de cajus moles num pesto cheiroso para o almoço 🌿 Inspirem-se!


Olá outra vez, tiveram saudades? 😜 

Espero que tenham gostado do meu princípio base para evitar o desperdício alimentar, neste post entraremos num campo mais prático. Não vou falar de compras a granel, ou de fazer compras de frutas e legumes em mercados, ou tantas outras coisas que quem se mexe neste meio sabe bem melhor do que eu – e é com eles que aprendi e aprendo tanta coisa (podem ver algumas sugestões da Inês, aqui mesmo, no blogue, ou nas redes sociais da “Garagem” 😊).

O que vos trago são algumas das sugestões para evitar deitar comida fora – que é coisa que
me parte o coração. Mesmo antes de começar a preocupar-me mais activamente com estes tópicos, já procurava aproveitar ou reaproveitar restos, levava comida para casa quando sobrava nos restaurantes e transformava legumes e fruta farruscos em batidos e sopas.

Partindo precisamente deste ponto, aqui estão alguns dos meus truques e dicas para reduzir o desperdício alimentar em casa:

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1ª dica Legumes e frutas farruscas dão batidos e sopas nutritivas

Por vezes, a fruta e os legumes estão com um ar já muito maduro e a começar a ficar enrugadinhos ou até mesmo tocados nalguns sítios. Nada mais fácil do que lavá-los, cortar o que efectivamente já não está bom (eu evito que chegue a esse ponto), colocar tudo na liquidificadora e pumbas, têm um batido mega nutritivo. Actualmente comemos tudo com casca porque compramos principalmente fruta e legumes biológicos. Em vez de um batido (ou smoothie), e caso tenham maioritariamente legumes, podem também fazer uma sopa rápida, cortando os legumes bem miudinhos e cozendo uns minutos, ou até mesmo batê-los no liquidificador, se for uma sopa fria estilo gaspacho. Nestes casos, evito fazer sopa para vários dias ou para congelar, consumo sempre na hora, para evitar que se estrague.

2ª dica – Talos, ramas e cascas são comestíveis e saborosos

Malta, os talos, ramas e cascas da maioria dos legumes e frutas são comestíveis e, nalguns casos, o sítio onde se concentram o maior número de nutrientes. Eu adoro fazer chips de casca de abóbora e de outros legumes e os talos de beterraba assados são considerados uma iguaria lá por casa. Também podem fazer sumos e/ou chás de cascas de fruta. Por exemplo, este chá de casca de maçã e limão que fiz na casca da Inês, e que foi um sucesso, ou este sumo de ananás dos Açores, cuja polpa usei para fazer gelado.

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3ª dica – Água e sobras de legumes podem ser usados com caldas

Se falarmos de legumes cozinhados, aproveito quase sempre a água da cozedura para cozinhar arroz, quinoa, ou como calda para risotos , estufados, assados ou outros pratos que esteja a confeccionar. Caso não os consiga utilizar de imediato, congelo. E o mesmo se aplica a sobras de legumes crus (o que fica quando os arranjamos, e que tipicamente deitamos fora). Lavo-os bem, congelo, e utilizo mais tarde para fazer caldas de legumes.

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4ª dica - Restos e sobras viram pratos novos e interessantes

Bem sei que se torna cansativo andarmos a semana toda a comer o mesmo. Mas se lhe conseguirmos dar um twist diferente, podemos transformar os restos em toda uma nova refeição, muito mais interessante! É relativamente simples, por exemplo, transformar papas em bolos ou bolachas, juntando mais alguns ingredientes; aproveitar resíduos de leites vegetais para fazer bolachinhas deliciosas; usar sobras de carne, peixe ou legumes, para fazer deliciosas tortilhas (o mais comum), empadões, croquetes, almôndegas, soufflés, tantos outros! - mais exemplos aqui e aqui.

O céu é o limite 😋 também podem juntar vários bocadinhos de coisas que foram sobrando e salteá-los para lhes dar um novo sabor ou simplesmente transformá-los em bonitas Buddha Bowls.

Estas são algumas das minhas dicas que podem servir de ponto de partida, mas há todo um mundo de blogues e sites lá fora com muitas outras dicas maravilhosas que podem usar. Quando estou sem ideias, faço uma pesquisa rápida no Pinterest ou no Google, ou dou uma olhadela ao meu feed do Instagram e logo surge uma ideia de como tornar aquele bocadinho de comida numa refeição para 2, ou de como reaproveitar as raspas, cascas e sobras que tipicamente iriam parar ao lixo.


Só precisamos de um bocadinho de imaginação, amor, e alguma dedicação.
Boas receitas, sem desperdício 😊

Inês,
Receitas Tolerantes

Domingo é dia de brunch no Ginger Café

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Ainda que sem saber, muito bem, como falar-vos deste sítio mágico, deste sítio-casa, preciso de tentar. Andava há muito a namorá-lo à distância, ainda mesmo antes de abrir. Disseram-me assim: “vai abrir um sítio Zero-Waste em Santo André, sabias?!” e eu fiquei histérica, precisei de lá ir ver com os meus próprios olhos, e lá estava, na montra (←📸)

Apaixonei-me de caras.

Há muito que me fintavam os fins-de-semana livres, e eu estava a precisar tanto deles, para estar com amigos, para matar saudades, para namorar, vivi 3 meses tão intensos que me esqueci de parar. Assim, no sábado, fomos comemorar a vida, entre sorrisos e dedos lambuzados de chocolate, festejámos o pequeno Ian. No domingo, acordámos tarde, estava tanto frio e a cama tão quentinha, com os gatinhos junto a nós, que foi a custo que de lá saímos. O dia apetecia, estava um dia lindo, frio, mas lindo como só os dias de Outono o são, e só tínhamos planos para as 16h. Foi quando me lembrei: “E se fossemos ao Ginger, André?” e fomos. No fim ainda passámos à praia da Vacaria, sem saber, ainda, da história da Pipa que vos conto abaixo. Há coincidências muito bonitas.

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As expectativas eram altas, segui cada foto, cada publicação, escutei cada testemunho de amigos que já lá tinham ido, e foi com grande felicidade que constatei que era exactamente como o tinha imaginado. Situado no Parque Central, que já de si é especial, o Ginger Café tem mesmo uma energia bonita. A decoração com elementos naturais, madeira - mesas TÃO lindas - muito verde e detalhes mágicos, fazem deste sítio um lugar para se querer estar. É como quando estamos de férias e só queremos que durem para sempre.

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Descobrimos que, ao domingo, é dia de brunch e alinhámos na sugestão de quem tão simpaticamente nos recebeu: um brunch com proteína de origem animal e um brunch vegan, para provar de tudo. O do André trazia leite com café (ele pediu com leite de aveia, ainda assim), sumo de laranja natural, iogurte com granola e compota de morango, ovos mexidos, tostas de abacate com tomate cherry e panquecas com mel e manteiga de amendoim. O meu trazia o equivalente vegan, pedi um chá da Pukka (este) no lugar do leite, sumo de laranja natural, pudim de chia com compota de morango, mexidinho de tofu, tostas de abacate com tomate cherry e panquecas com manteiga de amendoim e mel (que, ainda que fora do menu vegan, surripiei ao André, porque: gulosa). Estava tudo maravilhoso e em sintonia com o espaço, quando se faz o que se ama essa energia vibra em tudo quanto tocamos e é isso que por lá se sente.

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Antes de virmos embora falei um pouco com a Pipa, o coração por detrás deste sonho, e, durante a semana, propus-lhe escrever sobre o projecto.

Falar do Ginger Café é falar dela mesma e, por isso, foi pouco o que quis alterar nesta história, ela fala de tudo com o coração do lado de fora e sinto que é isso que tenho de vos mostrar. Trabalhou 18 anos em Marketing e, há 3 anos, descobriu que perdera a paixão pela profissão. Em busca do que a fazia feliz, arregaçou mangas e lançou 3 marcas: a Pineapple, a Beny's e a Bite (esta última já ligada à alimentação saudável, e de onde conseguia um segundo ordenado ao final do mês). Entre um trabalho e outro, o tempo apertava, mas como o amor move montanhas, saía do trabalho às 18h00 e ainda ia preparar encomendas das Bites para, no dia seguinte, à hora de almoço, despachar por correio.
Levou 2 anos a ganhar coragem para se despedir. “Acho que só consegues quando sentes que realmente tudo tem um timing certo para acontecer”, diz-me. O ano passado, tirou uns dias e veio a Santo André e foi na sua praia de criança (a Vacaria, esse tesouro tão bem guardado pelos Andreenses) que decidiu escrever ao Universo. Escreveu tudo, como se já tivesse acontecido. Escreveu ao pormenor tudo aquilo que queria e guardou-o… até ao dia em que se levantou de manhã e soube que era “o” dia. Largou as amarras que a prendiam a um emprego pelo qual se desapaixonara e, um mês depois, estava livre. Comprou viagem para Bali e por lá fez um curso de Vegan e Rawfood. Voltou para Portugal e foi tirar um curso de culinária, de um ano, no Instituto Macrobiótico de Portugal.
A ideia inicial para o Ginger era num espaço em Carcavelos mas, como há coisas que têm mesmo de ser, na Páscoa veio a casa e o irmão falou-lhe de um espaço no Parque Central. Escusado será dizer que foi amor à primeira vista e que, num bater de olhos, a Pipa viu logo o Ginger Café “ali e do jeitinho que está agora”.

”Durante todo o processo da minha mudança, tudo foi fluindo de uma forma incrível. Quando tu resolves mudar, o Universo conspira a teu favor e, é muito importante visualizares as coisas que queres e sentires como se elas já tivessem acontecido. Fui-me embora de Santo André há 22 anos, para a Faculdade, e fiquei por Lisboa, agora regressei a casa. Por isso é que, no Ginger Café, tens uma placa a dizer bem-vindo a casa.”


Esta pessoa-luz, que abriu esta casa-coração, merecia mesmo que todo este post fosse uma onda de positividade e, por isso, o único “não” foi o que acabei de escrever, há que evitar o que nos limita, pois é?


Vão lá conhecer:
facebook . instagram . morada

♥︎



A âmbar.

     O mês de Março passou a correr, Abril escapou-se-nos pelos dedos como areia e Maio já se vê por um canudo. Atravessámos Junho com muito sol, afinal, o Verão acaba de chegar - e este cantinho à beira mar plantado poupou-nos da chuva até aos últimos dias -, mas é da Primavera que nós mais gostamos, a nossa rua encheu-se de flores, os vizinhos colocaram vasos nas janelas e apesar da timidez da nossa buganvília, as petúnias e a lavanda já dão cor à nossa porta. 

     Com a Primavera, chegaram também os piqueniques entre amigos, os dias mais longos e a minha Feira favorita do ano. Tenho esta coisa com feiras, gosto do ambiente - tanto do lado de cá como do lado de lá da banca - e gosto de poder falar com os sorrisos por detrás das marcas que tanto nos inspiram. Podia falar-vos de várias que tenho conhecido assim, como a Lili, da Saponina, que abracei - finalmente - o ano que passou, e tantas outras - que tive o prazer de abraçar no evento que organizei, faz quase um ano, com a minha Ana -, como a Sapato Verde (eu sei, parece suspeito, mas gosto mesmo deles), a minha Lêveda (que tem o melhor pão caseiro e biológico do Alentejo) e a minha querida Zélia, que passo meio ano a querer abraçar e outro meio a tentar segurar-me para não lhe comprar tudo e mais alguma coisa. Acho que percebem a ideia. As feiras põem-nos em contacto com quem está do outro lado, isto é cada vez mais importante nos dias que correm e faz toda a diferença. Para nós e para eles, acreditem.

     Este ano, na Feira da Primavera, não só provei o folar de batata doce da Lêveda, como conheci a âmbar 😊🌿💛

     A âmbar é uma marca de biocosméticos artesanais e veganos que nasceu de uma amizade antiga entre a Telma e a Vanessa. Uma é designer, a outra licenciada em farmácia, mas ambas tinham imensa vontade de criar, de proporcionar às pessoas coisas de que precisassem de facto e que lhes fizesse bem. Movem-se pelo amor e respeito à natureza, à ciência, às coisas simples e verdadeiras. Só trabalham com matérias primas de origem natural, de elevada qualidade, com as quais criam de forma artesanal - respeitando sempre as boas práticas de fabrico -, produtos cosméticos que têm como princípio o respeito pelo nosso corpo. Lançam novos produtos apenas em resposta a necessidades genuínas expressas pelos seus clientes e, somente depois de muita pesquisa, oferecem formulações em que acreditam e que sejam de grande qualidade - daí ser tão importante este encontro em feiras, este contacto de quem consome com quem produz e vende, como vos falei acima.

     Não resisti e trouxe comigo um creme de mãos - que é divinal -, um creme de pentear super cheiroso - e que só ele me ajuda a desembaraçar este cabelo de personalidade forte -, um sabonete riquíssimo que ainda não experimentei mas estou desejosa, um óleo de rosto de rosa mosqueta com o qual já não sei viver… e lançaram há poucos dias um champô sólido com o qual já ando a sonhar!

     As embalagens são pensadas e desenhadas pela Telma e o design clean e minimalista foi o que me chamou a atenção e me fez parar junto delas. Têm embalagens em vidro âmbar, escovas de dentes de bambu, sabonetes nus e as únicas bisnagas que usam são em alumínio, estão na luta contra o plástico e foi, também, por isso que não resisti e vos tive de vir contar sobre elas. 

     Deixo-vos o link para as irem namorar. Vá, vão lá!