Abres a boca para viver desesperadamente.
E zero.Dez comboios em partida simultânea.
O som desse êxodo.
Vasco Gato
OMERTÀ
quasi
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Abres a boca para viver desesperadamente.
E zero.Dez comboios em partida simultânea.
O som desse êxodo.
Vasco Gato
OMERTÀ
quasi
A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito
é uma dança de roda e de doçura.
Berço nocturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.
Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores dos sons e nascentes das cores.
Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.
Paul Éluard
via blogue poesia
Apresentar-te aos deuses e deixar-te
entre sombra de pedra e golpe de asa
exaltar-te perder-te desconfiar-te
seguir-te de helicóptero até casa
dizer-te que te amo amo amo
que por ti passo raias e fronteiras
que não me chamo mário que me chamo
uma coisa que tens nas algibeiras
lançar a bomba onde vens no retrato
de dez anos anjinho nacional
e nove de colégio terceiro acto
pôr-te na posição sexual
tirar-te todo o bem e todo o mal
esquecer-me de ti como do gato
Mário Cesariny
Poesia 71,
Editorial Inova Limitada
Conta-me outra vez, é tão bonita
que não me canso nunca de a ouvir.
Repete-me de novo, os dois da história
foram felizes até à morte,
ela não foi infiel, ele nem
se lembrou de a enganar. E não te esqueças,
apesar do tempo e dos problemas,
continuavam a beijar-se cada noite.
Conta-me mil vezes, por favor:
é a história mais linda que conheço.
Amalia Bautista
via João César
obrigada!**